"Agora eu preciso de tua mão, não para que eu não tenha medo, mas para que tu não tenhas medo. Sei que acreditar em tudo isso será, no começo, a tua grande solidão. Mas chegará o instante em que me darás a mão, não mais por solidão, mas por amor.." (Clarice Lispector) Deixe-me voar enquanto tenho forças... Quero delirar, mas crer que nessa força há um sentido para viver. Quero viver minha história, minha essência e minha sina! Faz-me acreditar nos seus pensamentos, nos seus desejos e no toque da sua mão, com gestos mais singelos. Enquanto não chega o instante, deixe-me voar. Não deixe-me na solidão, necessito do sal da vida, do amargo do corpo, da presença da carne. Vem ser cúmplice das minhas audácias, rir das minhas pérolas e proteger dos meus medos. Atenda-me quando eu tiver uma novidade. Conte-me dos seus anseios. Não tenho apenas minha mão. Tenho meus braços. Abraça-me bem forte até perder as forças ou deixe-me voar.