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Mostrando postagens de janeiro, 2013

Aprendendo a ser má

Mulheres boazinhas se dão bem? Namorada que mima, manda mensagens de "bom dia", aprende até cozinhar e no fim, com apenas 180º de puro charme na viradinha, empina seu lindo popô para sentir o pé, (com unhas lixadas e com uma camada de base que você passou) a chutando. Homem brutalmente machista, caindo nos encantos daquela mulher poderosa, baladeira, toda desencanada da vida que conta aos quatro ventos que faz um miojo super bem. Essa mulher da unha bem feita ou dos cabelos oleosos, ignora as chamadas, não responde as mensagens do "brutos", que de repente vira príncipe e bobo, ganha o coração, o cavalo e a armadura do tão desejado bofe. A graça acaba quando tem o interesse? Que bruxaria é essa? Basta gostarmos do gato, demonstrarmos aquele brilho no olhar e pronto: estragamos tudo! Seria bem mais fácil gostarmos instantaneamente daquela pessoa que vira o olhar de baixo para cima com luzes feito refletores de estádio de futebol. Mas não. Tudo acaba

Chico

Moço que chega bem quieto a me atormentar. Ele sorri de lado, cabeça baixa e olhar pra cima. Menino que abaixa os olhos quando elogia. Que segura nas mãos para passear os seus dedos. Ah, menino da panturrilha grossa e da tatuagem exposta. Garoto que canta ao pé do ouvido e agarra pela cintura. Esconde pra si o seu segredo. Some muitas vezes causando medo. Chega bonito, com perfume marcante, cabelos molhados. Vai embora triste, com as mãos no bolso e parece desolado. Chico que leva consigo todos os mistérios. Não dá para saber se ele ama ou se anda decepcionado. Menino sensível, um pouco carente. Um cafajeste dócil e com o dom de confundir a gente. Vem príncipe e cavalheiro. Vai cafajeste, vai direto para um puteiro. Chega o Chico, sedutor e com olhar ingênuo. Parte o Francisco, ríspido e tão feio.

Da minha preferência pela madrugada

É da madrugada que gosto. É neste estágio que a lua fica mais brilhante, mais baixa, sinto que se eu esticar um pouco mais as minhas mãos posso tocá-la com as pontas dos dedos. É no silêncio da madrugada que escuto mais os pensamentos. É a sincronização das ideias com os grilhos da rua, e de longe, bem longe, posso escutar os barulhos dos motores dos carros passando junto com balançar das folhas das árvores. E é justamente nesta madrugada que sinto a solidão gelar por entre os ventos que vem pela janela. Ele sobe pelas minhas pernas e parece penetrar dentro de meu coração e ele transborda pela falta de companhia. Tristeza por não ter por quem sorrir, por quem amar. A madrugada me deixa madura, mais velha e mais focada. Me deixa artista, desinibida, despida em palavras. A música fica mais alta, o tilintar da gota caindo sobre o metal na cozinha fica harmonioso, não mais incomoda, não mais me desperta. E antes que venha a aurora, adormeço com a canção das palavras em meu