Pular para o conteúdo principal

E se eu me apaixonar?

Entre encontros e despedidas, meus pensamentos vão longe fazendo eu enlouquecer:

"Esse jeito marrento e orgulhoso que faz você fingir que eu não existo.
O mistério que há entre o seu sorriso e sua cara fechada. 
As ligações não atendidas e os e-mails respondidos me dão certezas do quanto é insano.
Esse "não" com tom de "sim". O seu "não te quero, mas não te largo", me deixa estagnada sem saber se partirei de vez.
Você sorri de lado e anda rápido parecendo fuga, mas depois volta sem palavras e nenhum argumento.
Sem pensar me diz "sim", eu não sei se quero.Mas quando não diz nada, me angustia e o seu "não", me entristece pra sempre os meus dias.
Sua ausência faz habitar sua presença na saudade que sinto.
Aquele seu silêncio que me atormenta faz eu tentar adivinhar os seus pensamentos. Mas quando faz barulho me irrita de tanta teimosia.
Os ciúmes e sua indiferença às vezes me fazem querer sumir.
O seu olhar na janela me pedindo pra voltar depois que me mandou embora.
Nossa discórdia e nosso perdão.

Esse seu charme desnecessário...
E se eu me apaixonar?"



Comentários

Juliana disse…
É... espero que vc não se apaixone pq vai doer! :(
Ó mai gódi!!! Queria falar muita coisa agora... melhor não hehe.
Perfeito e doído o texto. Não tem como eu te aconselhar a não se apaixonar, essas coisas não dá pra optar. Pá! Acontece.
Beijo minha irmãzinha!
Shirley disse…
"Paixão é uma infinidade de ilusões que serve de analgésico para a alma. As paixões são como ventanias que enfurnam as velas dos navios, fazendo-os navegar; outras vezes podem fazê-los naufragar, mas se não fossem elas, não haveriam viagens nem aventuras nem novas descobertas." (Voltaire)
Flávia disse…
Vc acabou de descrever meu rolo q, eu acho, q acabou anteontem! Perfeito e,sim, enlouqucedor!
Mto bom,Cris!
Beijos!

Postagens mais visitadas deste blog

Valide Seu Sentimento: Permita-se Odiar

     Meditação, novena, eucaristia, h'oponopono, 21 dias de arcanjo Miguel, Terapia, mantras holísticos, capoeira, incenso, vela de 7 dias, vela de 1,76 cm queimada no santuário de Aparecida, tambor, culto de libertação: absolutamente nada tira aquele sentimento por aquela pessoa que trouxe maldição em minha vida. Nada.     Fui em busca de perdoar somente pela pressão da convenção social. Todos querem que nos nos livremos desse sentimento que não podemos nem mencionar sem que as pessoas expressem uma fisionomia previsível de espanto.     É um tal de "perdoa porque vai te fazer bem" ou aquela conveniência de ter que perdoar porque a minha vida não vai andar para frente.     Deus teria que ser muito sádico se Ele tivesse brincando de atrasar minha vida de mãe solo, sem rede de apoio e cansada, só porque eu estou validando o meu sentimento puro de ódio para com aquela pessoa que jogou terra na minha cara enquanto eu me apresentava vestida de vulnerabilidade.     Eu aprendi t

Depois dos 30 a gente não tem amigas

Eu sempre fui a amiga do " vamo " e do " vô ". Subserviência total nas amizades. A amiga largou do boy? "Cris, vamos no Terra Chopp?"       - Vamo .      A amiga não largou, mas quer largar? "Cris, vamos ao bar do chorinho? Acho que não quero mais casar." - Vamo .      A amiga está sem companhia para sair. "Cris, vamos sair para comer?" - Eu sempre fodida de grana, recuo. "Vou não, estou sem grana." Mas, minutos depois. "Ah, vamo , refiz as contas, dá para ir" - "Ih, mas eu já chamei outra amiga." " Beleza, eu economizo nessa ". Pensei, genuinamente. Mas, poderia ter dito  "Caralhas, mas você só sai com uma amiga, não pode sair com duas?" Porém, esta resposta só veio na minha mente uma semana depois.     Também fui a amiga distraída - ainda não tinha sido diagnosticada com TDAH -  que foi cobrada injustamente por não prestar atenção na mana que estava mal no rolê.      E u tinha dado a m

Eu não sou o amor da vida de ninguém

 Não fui escolhida para ser par na festa junina. Quando sobrou eu e o menino mais rejeitado e bagunceiro da turma, as professoras imediatamente "formaram o par" que ia dar os canos no dia da apresentação, que seria num sábado encalorado de um  inverno. Eu tinha 8 anos. Também não fui a primeira melhor amiga da minha primeira melhor amiga, nesta mesma idade. E só descobri isso 25 anos depois quando ela postou no Instagram a foto da primeira melhor amiga dela de infância e não era eu. Deixei de ser a filha preferida quando o filho homem desejado finalmente chegou após 6 anos da minha existência, eu perdi a preferência, os brinquedos de sexta-feira e a festa de aniversário que fora divida por uns 5 anos seguidos até eu abrir mão de vez de comemorar. Eu também não fui a neta favorita, nem a sobrinha favorita. Colecionei poucos amigos e na educação física eu também não era a líder da turma. Eu nunca cheguei perto de ganhar uma eleição de representante de sala da turma que eu frequ