A mãe na busca de recolocação no mercado de trabalho carrega dentro de si vários ódios, o primeiro é na hora de preencher o currículo:
"Solteira com filho? Deixa em branco, não é relevante."
Entrevista marcada, estuda a empresa, se prepara para todos os tipos de perguntas, inclusive as famosas:
"Mora com quem?" "Quantos filhos tem?" "Quem fica com os filhos."
Se mora com os filhos, o ódio número três já vem embutido nas respostas e imediatamente repara na expressão facial da recrutadora. Geralmente, a apresentação pessoal vêm antes da apresentação da competência.
O ódio número quatro está se depois de falar se tem filhos, a recrutadora está de fato prestando atenção em todas as suas qualidades profissionais ou se está desenhando o sol, árvore e passarinhos na folha descartável que se tornou o seu currículo.
O mercado de trabalho maltrata as mães mais que o baby blues, mais que peito rachado e muito mais que noites sem dormir.
O mercado de trabalho é um local onde ninguém tem mãe, não pode ser mãe e ai de você se desabafar no LinkedIn, a rede social onde a gente tem que ser perfeita, menos mãe. Afinal, mãe só é perfeita dentro de casa.
Bom mesmo é ser pai.
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