Ainda há quem goste de alimentar o próprio ego despertando o amor em outra pessoa mesmo sabendo que não irá sentir nada por ela, mesmo não querendo amar.
E assim, uma receita de amor banho-maria é exibido em uma emissora de TV à coração aberto.
De um lado, mistura de sentimentos de uma pessoa disposta a amar com medidas infinitas.
De outro, alguém com doses limitadas de disposição para algum tipo de relacionamento. Apenas pitadas extras de aventuras com pimenta à gosto.
E nesta mistura, a massa não fica homogênea, mas mesmo assim, depois de tanto sovar, o lado mais frágil ainda insiste deixar os sentimentos descansando. - Uma hora cresce.
A parte mais dura da receita, já sabendo que a mistura está suficienteMENTE no ponto para ser consumido a qualquer momento, é colocada junto com os ingredientes não-homogêneos em banho-maria para não esfriar. E de grão em grão o lado frágil se decompõe ao som das borbulhas do amor fervendo em sua volta, que em breve se evapora e depois não fica nem o cheiro.
Consumido. Consumado. Digerido. Ou vomitado.
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