E foi assim que ele adentrou em minha vida, fazendo barulho. Não deu tempo de pedir para ele não reparar na bagunça. A bagunça do meu coração e da vida que eu levara não foram desculpas para que ele não me invadisse, arregaçando a porta e deixando meu coração aberto.
E veio com tudo, com força e expressões marcantes. Me fez sentir mulher, sem ao menos me tocar. E veio com audácia, como um guerreiro armado para conquistar um território.
Declarou guerra à mim. Eu, que jamais arrego perante os desafios, aceitei. Unidos a cada dia numa batalha de quilômetros de saudade, e vencendo o DDD com uma presença fiel. Ele está comigo, ao meu lado, sem esforço, sem intervalos.
Não preciso sentir o cheiro do shampoo em seu cabelo para ter a certeza que ele está comigo. Não preciso sentir a sua respiração em meu pescoço porque sei que ele dorme aqui.
Mas, em minha inquietude, faço-me racional, ele não me pertence. Não no sentido de posse ao querer torná-lo meu objeto, mas como o sentido de não poder tê-lo para sempre dedicando os seus melhores momentos comigo.
Há mais coisas entre os quilômetros de asfalto, há um medo do passado. Mas, mesmo inquieta, abraço o presente. Entrego-me agora, somente agora. Estou certa que amanhã será a partida. E não é no amanhã que quero pensar. O hoje nos pertence. E hoje ele está comigo.
Há mais coisas entre os quilômetros de asfalto, há um medo do passado. Mas, mesmo inquieta, abraço o presente. Entrego-me agora, somente agora. Estou certa que amanhã será a partida. E não é no amanhã que quero pensar. O hoje nos pertence. E hoje ele está comigo.
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