"Ele chegou." Murmurei com as amigas naquele por-do-sol daquela cidade pequena e quente do interior. Então, eu percebi que ele sorri enquanto olha para baixo e depois fecha os olhos. Meio tímido, mas tão educadamente lindo. Esconde segredos por debaixo daquele humor, e como feriado, passou rápido demais, ficou pouco. Foi embora, tão tímido, e deixou o sorrir, tão lindo. Instigou meus desejos mais ocultos. Fechou a porta do carro, e em quilometragem lenta, deixou para trás toda uma bagunça: vaso fora do lugar, tapete com a ponta virada, copos diferentes espalhados pela prateleira. Aquela bagunça organizada. Qualquer semelhança que ele fez com o meu coração não é coincidência. E tive vivido. E tenho vivido.