tag:blogger.com,1999:blog-89123711619649093852024-02-27T00:16:56.377-03:00Palavras entre AudáciasCris Paulinohttp://www.blogger.com/profile/04799482943160538848noreply@blogger.comBlogger192125tag:blogger.com,1999:blog-8912371161964909385.post-58626155636233999932023-11-16T22:52:00.006-03:002023-11-16T22:56:09.404-03:00Valide Seu Sentimento: Permita-se Odiar<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><span> </span>Meditação, novena, eucaristia, h'oponopono, 21 dias de arcanjo Miguel, Terapia, mantras holísticos, capoeira, incenso, vela de 7 dias, vela de 1,76 cm queimada no santuário de Aparecida, tambor, culto de libertação: absolutamente nada tira aquele sentimento por aquela pessoa que trouxe maldição em minha vida. Nada.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><span> Fui em busca de perdoar somente pela pressão da convenção social. Todos querem que nos nos livremos desse sentimento que não podemos nem mencionar sem que as pessoas expressem uma fisionomia previsível de espanto.</span><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><span> É um tal de "perdoa porque vai te fazer bem" ou aquela conveniência de ter que perdoar porque a minha vida não vai andar para frente.</span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><span><span> Deus teria que ser muito sádico se Ele tivesse brincando de atrasar minha vida de mãe solo, sem rede de apoio e cansada, só porque eu estou validando o meu sentimento puro de ódio para com aquela pessoa que jogou terra na minha cara enquanto eu me apresentava vestida de vulnerabilidade.</span><br /></span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><span><span><span> Eu aprendi tarde demais que não devo ficar nua de dores expostas para quem quer apenas consumir minha pouca energia e sumir. Foi depois dos 30 anos que aprendi que ninguém, NINGUÉM, vou repetir: NINGUÉM tem responsabilidade afetiva para conosco. É todo mundo olhando para o próprio remo e disposto a te tirar do caiaque se você for peso demais. </span><br /></span></span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><span><span><span><span> Remar junto é a utopia que coach vende para poder vender curso de R$ 1899,00 pela bagatela de R$ 499,00 somente nas próximas 3 horas. Postou story no Instagram sorrindo, depois é remada no cu de quem atrapalha.</span><br /></span></span></span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><span><span><span> Por que eu vou pensar no sentimento do outro se ele não pensa no meu? É aí que a gente aprende a parar de ser trouxa que sonha em quebrar ciclos. Vai viver a sua vida, amiga e não fica pensando na falta de responsabilidade afetiva de outrem.</span><br /></span></span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><span><span><span><span> Engole o choro porque boleto molhado não dá leitura no código de barra ao passar na luz infravermelha. A propósito: alguém ainda imprime boleto?<span> </span></span><br /></span></span></span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><span><span><span><span><span><span> Está vendo só como a vida muda?! Agora mude você e pare de ficar falando de suas dores para quem não te ama, para quem você acabou de conhecer. Não seja mais isca fácil de gente medíocre e vou te contar uma obviedade: Pessoas não vêm com a palavra escrota escrita na testa. Na dúvida, todo mundo é filho de um pai que não paga pensão. </span><br /></span></span></span></span></span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><span><span><span><span><span><span><span> Vem andando comigo enquanto explico e cumpro minhas 345 funções da minha vida. Amiga, não tenho mais tempo para carregar a culpa católica de não conseguir perdoar. Eu valido a porra desse sentimento e vou chorar e desejar em meus pensamentos obscuros tudo de pior para quem esmagou a minha alma com o remo.</span><br /></span></span></span></span></span></span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><span><span><span><span><span><span><span><span> Eu te odeio e sinto paz por isso.</span><br /></span></span></span></span></span></span></span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><span><span><span><span><span><span><br /></span></span></span></span></span></span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><br /></span></p>Cris Paulinohttp://www.blogger.com/profile/04799482943160538848noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8912371161964909385.post-32660870737570756482023-10-03T01:43:00.004-03:002023-10-03T11:33:41.761-03:00Eu não sou o amor da vida de ninguém<p style="text-align: justify;"> Não fui escolhida para ser par na festa junina. Quando sobrou eu e o menino mais rejeitado e bagunceiro da turma, as professoras imediatamente "formaram o par" que ia dar os canos no dia da apresentação, que seria num sábado encalorado de um inverno.</p><p style="text-align: justify;">Eu tinha 8 anos.</p><p style="text-align: justify;">Também não fui a primeira melhor amiga da minha primeira melhor amiga, nesta mesma idade. E só descobri isso 25 anos depois quando ela postou no Instagram a foto da primeira melhor amiga dela de infância e não era eu.</p><p style="text-align: justify;">Deixei de ser a filha preferida quando o filho homem desejado finalmente chegou após 6 anos da minha existência, eu perdi a preferência, os brinquedos de sexta-feira e a festa de aniversário que fora divida por uns 5 anos seguidos até eu abrir mão de vez de comemorar.</p><p style="text-align: justify;">Eu também não fui a neta favorita, nem a sobrinha favorita. Colecionei poucos amigos e na educação física eu também não era a líder da turma.</p><p style="text-align: justify;">Eu nunca cheguei perto de ganhar uma eleição de representante de sala da turma que eu frequentava desde o sexto ano, a não ser no último ano do ensino Médio que eu era aluna nova, que, curiosamente conquistei com o meu pouco carisma.</p><p style="text-align: justify;">Eu nunca fui a mais bonita e nem a padrão do rolê, aprendi cedo que eu tinha obrigação de ser legal e inteligente para poder ser vista, mesmo eu tendo 1,76 de desajeito.</p><p style="text-align: justify;">Eu nunca fui aluna de nota 10, mas quando se tratava em relacionamento com os docentes, eu era a primeira que esbanjava educação, empatia e respeito. Assim foi na faculdade, onde por pouco eu fui rejeitada, consegui ali me eleger como presidenta do Diretório Acadêmico, rivalizando com a colega de turma que hoje é uma das minhas amigas de internet e maternidade. </p><p style="text-align: justify;">Eu conheci alguns amores neste meio do caminho, mas eram todos tortos na maneira de amar. Eu fui amor de um obcecado da igreja que eu frequentava, ele tinha apelido de 007, porque me espionava na faculdade. Eu acredito que usei essa régua por um tempo para definir o que era ser amada. Demorou para eu entender que aquilo era o caminho do feminicídio se eu não saísse a tempo.</p><p style="text-align: justify;">Depois disso eu fui amada por três meses por um misterioso que terminou comigo por MSN e até hoje eu não entendi o motivo, sendo que ele que tinha feito todo o teatro para me conquistar, me fazendo as mais fofas surpresinhas românticas nas inspiradas festas de final de ano.</p><p style="text-align: justify;">Teve um que me amou mas queria raspar minha cabeça se eu dormisse e eu estava longe do empoderamento feminino e conhecimento da Lei Maria da Penha.</p><p style="text-align: justify;">Fui amada pelo que fazia serenata de MPB para mim depois de ter marcado um encontro em sua casa, na hora do almoço, com a sua amiga para transar. Ele jurou que eu estava louca e toda aquela tentativa de distorção da realidade que eles tentam fazer na nossa mente. Talvez esse aí eu até tivesse gostado mais que os outros, porque ser enganada por um poeta tem mais requinte e combina mais com meu jeitinho.</p><p style="text-align: justify;">Eu também fui amada pela pessoa que me pediu em casamento sem aliança, e vai saber quais os motivos que aceitou a minha insistência de comprar o par de ouro que serviria para ficar esquecida na gaveta depois de uma série de violência doméstica que resultou no divórcio litigioso.</p><p style="text-align: justify;">Nem eu mesma sei se acredito em amor romântico. Eu não fui o amor da vida de ninguém porque amor se sustenta na reciprocidade. E eu não amei ninguém de verdade, todos alimentaram apenas a minha vaidade.</p><p style="text-align: justify;">E a vaidade fundiu pecaminosamente com corpos sem alma pela atração que somente os iguais compreendem. Todos eles também nunca foram escolhidos para dançar.</p><p style="text-align: justify;"><br></p><p style="text-align: justify;"><br></p><p style="text-align: justify;"><br></p>Cris Paulinohttp://www.blogger.com/profile/04799482943160538848noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8912371161964909385.post-36402039531110978522023-08-30T11:08:00.012-03:002023-08-30T11:51:21.097-03:00O homem que mata macaco<p style="text-align: justify;">O título tem o peso de uma tonelada de indignação, mas não foi criado para ser <b><i>clickbait</i></b>, e sim, para que a pessoa já começasse a ler com a mesma força do ódio que foi escrito. </p><p style="text-align: justify;">Eu nunca engoli este homem.</p><p style="text-align: justify;">Meu radar para pessoas simpáticas demais, boazinhas demais, sorridentes demais o tempo todo, sempre apitou. Eu não acredito que é humano não sentir nem um pouquinho de angústia, raiva e indignação, mesmo quando o ambiente não permite que nós sejamos carregados de ódio.</p><p style="text-align: justify;">Existe uma linha tênue entre não misturar o lado profissional com o pessoal, mas, como não ser nós mesmos mais de 10 horas por dia dentro de um mesmo ambiente?! É como o BBB, uma hora a gente vai vacilar, vai pegar o macarrão que caiu no ralo da pia, enquanto escorria a água, e colocar de volta na panela para todo mundo comer.*</p><p style="text-align: justify;">Acontece que o homem que mata macaco não é o tipo de pessoa que faz cena não, todo aquele sorriso cristão, não faz questão de esconder a perversidade ao espalhar erroneamente que o mamífero traz doença. Ele não tem piedade nenhuma em jogar pedra no indefeso animal para vê-lo morto, como quem quer salvar a humanidade. </p><p style="text-align: justify;">O assassino de animais indefesos, não esconde o conforto que sente ao dizer de boca cheia de mentiras que o macaco é um animal que traz doença, e que a atitude dele, nas entrelinhas, soa como um ato heroico. Até parece que ele espera aplausos daqueles que, ao entorno, infantiliza dando doces e balinhas.</p><p style="text-align: justify;">A última frase supracitada é mais um motivo para a gente levar para o psicanalista e tentar achar uma justificativa sobre um adulto que dá balinhas açucaradas para outros adultos. Oferecer bala de menta para quem tem bafo é até uma atitude gentil, mas, gominhas mastigáveis cheias daqueles branquinhos de açúcar, não passa de uma simbologia egoica de infantilizar pessoas adultas que ele tem vontade de manipular.</p><p style="text-align: justify;">Freud explica.</p><p style="text-align: justify;">O que acontece quando a gente chupa a balinha açucarada mas não se permite a manipulação do sorriso aberto e olhos cheios de brilho morto? Bom, aí tem que pagar para ver do que a pessoa é capaz, porque quem atira em macaco para matar, pode matar qualquer sonho e ainda sair sorrindo.</p><p style="text-align: justify;">Em tempo, no ano de 2022 o mundo teve notícias que o vírus Monkeypox estava fazendo vítimas diagnosticadas com varíolas. O termo vulgar, varíola dos macacos, foi inclusive alterado porque algumas pessoas estavam matando mamíferos com o propósito de conter (?) a doença.</p><p style="text-align: justify;">Muitas pessoas, com o mínimo de acesso à informação, descobrem que os macacos não trazem doença, com apenas uma simples pesquisa no site de buscas Google, ou lendo, ouvindo, assistindo meios de comunicação de grande porte para desmistificar toda essa patifaria.</p><p style="text-align: justify;">Ainda que fosse verdade, não há motivos para sairmos por aí feitos RAMBOS, aniquilando tudo aquilo que pode ser um mal para a humanidade, afinal, se levarmos tudo à risca, não sobraria ninguém, inclusive, o homem que mata macaco.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">* <a href="https://www.youtube.com/watch?v=Sl80F0DSo7U" target="_blank">Fiuk derruba macarrão na pia e volta a cozinhar</a></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p>Cris Paulinohttp://www.blogger.com/profile/04799482943160538848noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8912371161964909385.post-24123428312030163992023-06-27T00:04:00.004-03:002023-06-28T00:19:14.525-03:00Esquina da Fiusa com a Garibaldi<div>Dispensa o café e me traz o espumante porque hoje vou vestir a melhor roupa para sair da fase de merda que atravessei no dia eu conheci aquela esquina da avenida Fiusa com a Garibaldi.</div><div><br></div><div>Enquanto eu descia as escadas, logo imaginei que minha agitada vida de mulher solteira bem remunerada, mudaria de rumo.</div><div><br></div><div>Nestes intervalos, azedamos outras esquinas, como a São João com a Ipiranga e foi ali que você me apresentou o inferno pela primeira vez.</div><div><br></div><div>Amargurada por uma vulnerabilidade não prevista, atravessei a correnteza de uma tromba d'água na qual fui sobrevivente. </div><div><br></div><div>Alcancei o apogeu quando saí finalmente de alta da gelada casa branca, e uma vez mais, você me fez apertar a mão do diabo.</div><div><br></div><div>Senti a dureza de um chão frio acolhendo minhas costas, enquanto eu mergulhava nas incansáveis lágrimas e ranho, que regavam o vazio que você deixava em pouquíssimos metros quadrados.</div><div><br></div><div>Eu já não estava mais visitando o umbral, eu era o próprio umbral escrevendo uma nova história de dentro da masmorra. Fiz amizade com o diabo e com a ácida loucura que me consumia.</div><div><br></div><div>E todo esse recalcado foi a força estranha para me trazer para a cena de hoje, com taça e risada alta. Todo sintoma borbulhou com o espumante que trouxe cócegas em minhas narinas, eu brindo em um adorável silêncio.</div><div><br></div><div>Medo, descanse em paz.</div><div><br></div>Cris Paulinohttp://www.blogger.com/profile/04799482943160538848noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8912371161964909385.post-6467755719028152262023-04-27T11:04:00.017-03:002023-08-30T12:06:33.868-03:00Depois dos 30 a gente não tem amigas<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Eu sempre fui a amiga do "<i>vamo</i>" e do "<i>vô</i>". Subserviência total nas amizades. A amiga largou do boy? "Cris, vamos <i>no </i>Terra Chopp?" </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><span> </span>- <i>Vamo</i>.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><span> </span>A amiga não largou, mas quer largar? "Cris, vamos ao bar do chorinho? Acho que não quero mais casar." - <i>Vamo</i>.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><span> </span>A amiga está sem companhia para sair. "Cris, vamos sair para comer?" - Eu sempre fodida de grana, recuo. "Vou não, estou sem grana." Mas, minutos depois. "Ah, <i>vamo</i>, refiz as contas, dá para ir" - "Ih, mas eu já chamei outra amiga." "<i>Beleza, eu economizo nessa</i>". Pensei, genuinamente. Mas, poderia ter dito "Caralhas, mas você só sai com uma amiga, não pode sair com duas?" Porém, esta resposta só veio na minha mente uma semana depois.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><span> Também fui a amiga distraída - ainda não tinha sido diagnosticada com TDAH - que foi cobrada injustamente por não prestar atenção na mana que estava mal no rolê. </span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><span><span> E</span>u tinha dado a minha única barra de cereal para ela comer e fiquei do ladinho dela por um tempo, mas foi um inocente comentário que fiz, que feriu totalmente o ego dela. Eu havia dito que, no meu imaginário, eu admirava ela ao lado de um homem mais velho estiloso. "Eu gosto de novinho." Ela esbravejou esta frase numa lavada de roupa suja meses depois do dia fatídico.</span><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"> Achei que tivesse tido o maior filtro da minha vida quando eu caí na cama de um hospital por meses. Se engana muito quem acha que estar no hospital é receber visita de pessoas verdadeiras. Descobri sob o efeito da morfina, que muitos que nos visitam na cama de um quarto frio e branco é apenas para jogar terra na cara da gente. Inclusive, teve <i>aquela amiga </i>que eu falei que não queria que me visitasse.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><span><span> </span>Aquela mesma, que queria terminar com o noivo no começo do texto, casou e não me chamou, mas achou conveniente chamar o amante na cerimônia. Ah, e eu só soube do amante porque a outra amiga dela, que foi convidada, me contou em tom de fofoca. Na época que eu achava que éramos um trio forte de união e amizade. </span><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"> Fui amiga do <i>vamo </i>que sempre ficava de fora do <i>vamo </i>de outras amigas. Estas que postavam fotos felizes na rede social com legendas subentendidas, que deixavam minha mente metralhar frustrações, uma possível provocação do "só você não foi chamada."<br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"> Eu fui a amiga do <i>vamo</i>, da que colocava a dor no bolso para atender a dor da outra amiga, fui a amiga que levou fama sem deitar na cama, acusada de ter ficado com o bilu bilu da colega, mas na verdade não fiquei. E essa falsa acusação, que nunca foi esclarecida, ficou no ar até ontem, hoje aqui nestes escritos, deu até vontade de falar mais claro sobre esse assunto:<br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"> - <b>Não fiquei com seu ex bilu, mas deveria ter ficado, já que você nunca quis falar sobre o assunto comigo e se afastou de mim por isso. A lealdade tem o preço, e esse preço eu paguei na minha vaidade por completar o álbum com mais uma figurinha simpática do rolê. Será que ainda dá tempo?</b><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><span> Fui a amiga incompreendida, a amiga que quis ver o circo pegar fogo, entregando a colega que saía com o namorado da outra, essa outra se aproximou chifruda para causar desconforto no boy. Ah, eu nunca gostei de injustiça mesmo. </span><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"> Todo esses causos aleatórios, de quando eu ainda era uma mulher <i>Fábio Júnior de 20 poucos anos</i>, me deixam reflexiva, porque hoje, por estar na metade da vida <i>Balzacquiana</i>, eu tenho palavras certas<i> </i>para falar com honestidade:</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><span> Eu</span> não peguei o arroba da colega porra nenhuma e muito menos quis ofender outra amiga mimada. Deveria falar que eu estava no evento curtindo e que se ela se ofendeu por pouco, é porque a terapia estava vencida.<br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"> Hoje eu falaria para o trio forte de amizade, que eu nunca me encaixei no rolê com alpinista social, que elas são, e que foi bom mesmo não me chamarem para os <i>sociais </i>dessa gente cafona que usa bota branca, porque eu não tinha roupa, nem grana e muito menos boldo para o meu fígado aturar tanta gente porre.<br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span><span style="font-size: medium;"> Já fui muito a amiga do vamo, e hoje, sou a amiga do foda-se.</span></span><br /></span></p>Cris Paulinohttp://www.blogger.com/profile/04799482943160538848noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8912371161964909385.post-79592266703699571012023-04-21T18:31:00.003-03:002023-08-30T11:31:02.392-03:00Homens que não conversam, não me interessam<p style="text-align: justify;"> <span> Já fui casada com um e não sou amiga de ninguém que não desenrola meia hora de papo interessante. Olha que nem sou muito exigente com o editorial que a pessoa pode oferecer. Seja lá qual for o assunto, se não tiver uma parágrafo formado num diálogo, que conta sobre o dia frustrante ou que cortou o dedo enquanto picava cenoura, eu perco total interesse. </span></p><p style="text-align: justify;"><span><span> </span>O silêncio de qualquer encontro me deixa invadida de ruídos na mente, incomodada como se tivessem várias abelhas zumbindo dentro do meu crânio, alguém precisa silenciar meu (in)consciente com algum papo que me tira desse tédio.</span></p><p style="text-align: justify;"><span><span> Fala alguma coisa, pô! Desenrola!</span><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span><span> </span>O que pode oferecer o homem que não cria conexão pelo diálogo? Nem sexo bom porque homem calado não lubrifica nem a alma, quem dirá a vulva. Fico sequinha diante de uma porta fria que é rodeada por um batente mediano.</span></p><p style="text-align: justify;"><span><span> </span>Homens que não conversam é o gozo sem expressão, não mata a sede que esta cidade seca nos proporciona ao sair na rua por vinte minutos para qualquer trajeto. Não vale uma base da Virgínia que custou 200 reais sofridos e que ajudou ela comprar o avião para seu marido que faz rap duvidoso. </span></p><p style="text-align: justify;"><span>Será que o Zé Felipe tem assunto? Se for como ele compõe e canta, pode ser que ele seja daqueles homens que ficam o tempo todo se auto elogiando. Ou aqueles que ficam se auto admirando no espelho da academia ou do motel.</span></p><p style="text-align: justify;"><span><span> Tudo certo, eu sei que entrei em contradição agora, logo no começo eu disse que não me importava com o editorial oferecido nos diálogos, mas pera lá, é no diálogo, também, que dá para gente escolher se vai ou não dar uma boa oportunidade de perder tempo com alguém que seja capaz de humanamente ser humilde. </span></span></p><p style="text-align: justify;"><span> Sou exigente.</span></p>Cris Paulinohttp://www.blogger.com/profile/04799482943160538848noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8912371161964909385.post-22937823055543988542023-04-18T18:52:00.002-03:002023-04-18T18:52:33.812-03:00Os ódios de mãe<p>A mãe na busca de recolocação no mercado de trabalho carrega dentro de si vários ódios, o primeiro é na hora de preencher o currículo:</p><p>"Solteira com filho? Deixa em branco, não é relevante."</p><p>Entrevista marcada, estuda a empresa, se prepara para todos os tipos de perguntas, inclusive as famosas:</p><p>"Mora com quem?" "Quantos filhos tem?" "Quem fica com os filhos."</p><p>Se mora com os filhos, o ódio número três já vem embutido nas respostas e imediatamente repara na expressão facial da recrutadora. Geralmente, a apresentação pessoal vêm antes da apresentação da competência.</p><p>O ódio número quatro está se depois de falar se tem filhos, a recrutadora está de fato prestando atenção em todas as suas qualidades profissionais ou se está desenhando o sol, árvore e passarinhos na folha descartável que se tornou o seu currículo.</p><p>O mercado de trabalho maltrata as mães mais que o baby blues, mais que peito rachado e muito mais que noites sem dormir.</p><p>O mercado de trabalho é um local onde ninguém tem mãe, não pode ser mãe e ai de você se desabafar no LinkedIn, a rede social onde a gente tem que ser perfeita, menos mãe. Afinal, mãe só é perfeita dentro de casa.</p><p>Bom mesmo é ser pai.</p><div><br /></div>Cris Paulinohttp://www.blogger.com/profile/04799482943160538848noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8912371161964909385.post-5586744042474365392022-11-09T18:59:00.012-03:002022-11-09T20:17:56.713-03:00Se apaixone por alguém que também goste de Gal<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><i> - Amor, você viu que a Gal faleceu?</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Mensagem enviada.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><i>- Acabei de ver. Que pena! Fico muito triste.</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Talvez a gente trocaria essas mensagens no fim da manhã deste dia 9 de novembro de 2022. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Pensei nisso agora, às 18 horas enquanto eu lavava a louça e escutava ao álbum Recanto, 2011. A gente estaria junto em luto, você fazendo o jantar e eu na minha cerveja com a música tocando ao fundo.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">-<i> Lembra daquele dia que falei que estava ouvindo uma música pensando em você?</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><i>- Como poderia esquecer?! Ri tão alto quando você respondeu que era VACA PROFANA.</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><i>- Te conheço, mulher!</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Realmente, os meus gostos e a maneira fácil que eu me apaixonava ele conhecia. Foi assim que aceitei o pedido de namoro no segundo encontro enquanto escutávamos Bossa Nova. Impossível não se encantar por quem dedilhava em cordas de nylon o mais gostoso sambinha carioca.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Era ele quem contava as histórias de todas as músicas, como quem tivesse nascido no berço da MPB e me aproximava mais daquilo que desde minha infância eu escutava de penetra em festas na casa dos tios ricos: a música popular brasileira.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Não existiu paixão melhor e maior que aquela que, através da música, transformava nossas resenhas de casal em um sarau. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Mas dali não sairia caldo, não vingaria, como diria minha avó. Eu me iludo fácil, rápido, feito uma menina, mas desapego também fácil, decidida tal qual uma mulher ferida. O previsível me cansa.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">"O problema sou eu." Foi o que eu disse naquele dia tão ensolarado, que pude sentir o suor escorrendo pelas minhas costas enquanto impiedosamente revelei o mais fraco motivo, porém verdadeiro, de romper com aqueles olhos amendoados.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Era o fim do romance com aquele homem de baixa estatura e dedos finos que me tratava com o mesmo cuidado que ele tinha com o violão. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Se apaixone por alguém que também goste de Gal, é o meu conselho.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Mesmo uma década depois, quando ainda me perguntam dele e o porquê não deu certo, profano sem pestanejar:</span></p><p style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: helvetica;"><span face="arial, sans-serif" jsname="YS01Ge" style="background-color: white; color: #202124; font-size: 14px; text-align: start;">Pois já não vales nada, és página virada</span><br aria-hidden="true" style="background-color: white; color: #202124; font-size: 14px; text-align: start;" /><span face="arial, sans-serif" jsname="YS01Ge" style="background-color: white; color: #202124; font-size: 14px; text-align: start;">Descartada do meu folhetim</span></span></i></p><p style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #202124; font-family: helvetica; font-size: 14px; text-align: start;">Descansa em paz, Gal.</span></p>Cris Paulinohttp://www.blogger.com/profile/04799482943160538848noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8912371161964909385.post-50418164701178165482022-11-07T18:32:00.001-03:002022-11-07T18:32:05.838-03:00Pai de Domingo no Parque<p style="text-align: justify;">Nesta cidade, que parece ter sido projetada e construída dentro de um vulcão; que quem chega nela via Anhanguera cantando a música sertaneja "toda iluminada feito céu no chão"; ou para os nada românticos, um buraco abafado, que venta pouco e é mais seca que minha calcinha após a cantada de homens no close friends, é que minha pele habita, meu corpo sobrevive e minha alma deseja profundamente mudar.</p><p style="text-align: justify;">Domingo o sol já queima minha janela às 5h da manhã nesta quarta primavera sem horário de verão. "Já chega! A mudança da minha vida não precisa começar numa segunda-feira, é hoje mesmo que vou caminhar no parque". E assim, tento colocar a primeira roupa que vejo pela frente, mas lembro que moro em Ribeirão Preto e não posso ir tão mal arrumada a ponto de subirem a janela do carro quando eu me aproximar e nem tão bem arrumada para não ser mais uma cafona maquiada transpirando ao ar livre.</p><p style="text-align: justify;">Depois de meia hora de caminhada vagabunda, sento no primeiro banco com sombra e por coincidência ou não, me vejo ali no meio de várias crianças, curiosamente, acompanhadas apenas de seus pais. Comecei a contar. Sete crianças, 2 delas estavam com pai e mãe, suponho, juntos e 5 ali apenas com os pais. Deduzo por mim que é o famoso pai com liminar de visita aos domingos. Começo a reparar.</p><p style="text-align: justify;"></p><p style="font-style: italic;">"Será que aquela mochila foi feita por ele ou a mãe da criança deu para ele tudo mastigadinha com o que a menina precisa? Se eu chegar nele e fazer um quiz: 'cite 3 itens que estão nesta mochila, valendo 5 mil reais', eu perco a grana?"</p><p>Mais a frente, no balanço sozinha, vejo uma outra criança faladeira demais, uma graça, toda saltitante e reparo que o genitor dela é o que está do outro lado, sentado no banco mexendo no celular. Paizão. Minhas pernas tremem e minhas mãos começam a ficar molhadinhas de ansiedade para perguntar o que a filha dele vai almoçar hoje, se vai ser algo preparado pela mãe dele, ou vai comprar comida pronta. Se ele sabe qual o nome do pediatra que a criança vai e a última vacina que cria tomou. Obviamente me aquieto. Começo a reparar em outro pai de domingo.</p><p>Este está sentado mais próximo do seu filho, que parece ter um pouco mais de 2 anos. Entediado como quem foi convocado para sentar no banco de reserva de um time de terceira divisão, eu posso tranquilamente apostar milão que não sabe qual foi a frase nova que o filho começou a falar e que quando a mãe sinaliza que é a vez dele levar o filho ao pediatra, terceiriza a função chamando a avó para levar. "O importante é cumprir a missão de levar ao médico e não ser presente na vida do filho", ele dirá com a tranquilidade de quem goza do seu privilégio de homem branco.</p><p>Não muito longe deste, outro paizão de parque, que não faz ideia qual é o medo da vez, a fruta da vez ou qual a dificuldade que a mãe está tendo na dura rotina de criar um filho de segunda a sábado. Vai sair do parque e ir direto para a casa da mãe dele, onde não vai se preocupar em dar uma atividade para a cria distrair enquanto tenta cozinhar em menos de meia hora sem interrupção. Não tem cara de quem vai ter que varrer o chão pós almoço, lavar a louça, trocar fralda, tudo em menos de 1h porque a perna precisa urgentemente ser estirada no sofá- doce ilusão porque vai ter que levantar de novo porque a criança novamente fez cocô.</p><p>Comecei a me punir demais por pensar em tanta maldade e resolvi observar ali o casal com os filhos, afinal, alguma qualidade boa da família brasileira que frequenta o parque em pleno domingo de manhã tem que ter. A mulher triste ali tem cara de quem levantou mais cedo para organizar tudo sozinha enquanto o pai só toma banho e faz a famosa cobrança: "ainda não estão prontos?" Imediatamente a mulher mira com olhar feito quem vai fuzilar o folgado e pega a bolsa, pega as crianças enquanto ele tem o duro trabalho de fechar a casa e reclamar porque a mulher esqueceu a água das crianças.</p><p>Voltamos ao pai com liminar na mão, que é tão previsível quanto Tite escalar Neymar para Copa do Mundo. Aquele que vai todo domingo no parque, até enjoar desta rotina, porque usou toda sua energia em processo civil para ter direito de ser pai de domingo. Ser aquele herói que faz a criança sorrir plena ao ar livre, com direito a balão de vinte reais que dura menos que a leitura deste texto. O pai herói que está fazendo este <i>favor </i>de levar a criança para brincar enquanto a mãe descansa, pelo menos por algumas horinhas de um domingo, não sabe sequer o que é acompanhar o desenvolvimento diário da cria. Não sabe o que é chorar de cansaço na hora de dormir e a criança simplesmente virar um power ranger azul em plena 23h e acordar na mesma madrugada com febre de 38 graus.</p><p>A sombra já foi embora e minha perna já está formigando. Não bebo água de côco, mas até que eu ficaria bonita no boomerangue do Story segurando um na mão, embora que a moda da vez nesta cidade é segurar taça de vinho branco nas fotos, para ostentar a vida que meu cartão de 800 reais de limite permite fazer 1 vez no ano.</p><p>Acho que é isso que vou fazer, tomar um vinho branco gelado debaixo de um ventilador empoeirado, bem ribeirãopretana.</p><p><br /></p><p></p>Cris Paulinohttp://www.blogger.com/profile/04799482943160538848noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8912371161964909385.post-58068845567475822352022-10-21T21:06:00.007-03:002022-10-21T21:13:36.220-03:00Não era um texto meu que você queria?<p style="text-align: justify;">Bem no início, quando a gente comensurava as palavras, os gestos e ainda colocava a melhor roupa para estar na presença do outro, fui cobrada como ninguém em uma relação envolvente deveria ser: "Eu queria ser um personagem de seus textos. Ser amado como os outros que amou nos seus textos."</p><p style="text-align: justify;">Senti. </p><p style="text-align: justify;">Como explicar licença poética e amores idealizados? Como explicar que nem tudo vivi e nem todos realmente amei? E os deboches que eu eternizei em escritos em forma de romance?</p><p style="text-align: justify;">Mas por quê caralhos estou sendo cobrada?</p><p style="text-align: justify;">Nenhuma mente, que estrutura palavras e sentimentos e transborda em letras públicas, funciona na base da pressão. Eu vou escrever quando eu quiser e nisso eu me tolhi por dois anos. </p><p style="text-align: justify;">Escrevi e não divulguei. Mas guardo arquivado as impublicáveis dores em meio à solidão que me enterrou viva durante o período mais caótico da minha vida. Você não merecia viver para sempre acima da minha assinatura dada à mim com tantos planos envolvidos.</p><p style="text-align: justify;">Você esperava, como todo narcisista patológico, uma declaração pública com nome, aqui dispenso a modéstia, de uma pessoa muito admirável, que circulava bem quista ou bem odiada pela cidade interiorana que pouco venta.</p><p style="text-align: justify;">O processo criativo fora totalmente bloqueado pela minha intuição que só foi desvendada naquele sol de outono em meio às testemunhas. Naquele dia eu usava o vestido mais caro que já usei na vida. "Que porra de declaração é essa que ele está fazendo?" Meus pensamentos foram tomados pelo meu inconformismo e culpa. "Não me conformo que ele está se declarando desse jeito."; "Eu não vou conseguir me declarar à altura." </p><p style="text-align: justify;">Não. Não consegui fazer meus votos espontâneos e disse muita merda embargada, surpresa por aquele teatro que confundia minha mente:</p><p style="text-align: justify;">"Ele mente. Ele não me ama assim. Pelo menos nunca demonstrou. As pessoas estão chorando. Gente! É mentira dele, ele mal olha na minha cara. Vocês estão mesmo acreditando nisso? Estão. Todos aqui presentes estão acreditando que ele me ama como está dizendo. E agora? Vou tentar retribuir. Será que consigo?"</p><p style="text-align: justify;">Mesmo com os braços inchados de tanta agulha, soro e medicação, as dores que eu sentia era da luta contra mim mesma diante de uma farsa que eu desvendaria nos próximos dias quando a primeira violência sexual seria praticada e que mudara totalmente o destino da minha vida.</p><p style="text-align: justify;">Não. Aquela declaração pública e patética, não era a primeira e sempre vinha com a finalidade de massagear o seu ego, para que todos pudessem acreditar no quanto era bom e amável. Mas no raso eu sabia que era tão falsa quanto os sorrisos das fotos que instantaneamente apagavam quando a câmera desligava. Feliz-clique-milésimo-de-segundo-emburrado-de-novo. Uma sequência previsível para uma observadora como eu.</p><p style="text-align: justify;">Era na minha fragilidade de um estresse pós traumático, seguido por uma gestação de risco que você crescia e se revelava em meio às punições em forma de tratamento de silêncio. Silêncio foi a presença mais marcante em todos os processos que precisei enfrentar em meio às variáveis mudanças de humor e do corpo. </p><p style="text-align: justify;">Silêncio, solidão, silêncio, solidão, silêncio, solidão.</p><p style="text-align: justify;">"Você não vai falar comigo?"</p><p style="text-align: justify;">Silêncio, solidão, silêncio, solidão, silêncio, solidão.</p><p style="text-align: justify;">"Você não vai me responder?"</p><p style="text-align: justify;">Silêncio, solidão, silêncio, solidão, silêncio, solidão.</p><div style="text-align: justify;">"Você não vai tirar este fone de ouvido?"</div><div><p style="text-align: justify;">Silêncio, solidão, silêncio, solidão, silêncio, solidão.</p></div><div style="text-align: justify;">"Você não vai sair deste quarto?"</div><div><p style="text-align: justify;">Silêncio, solidão, silêncio, solidão, silêncio, solidão.</p></div><div style="text-align: justify;">"Você não vai me ajudar a aplicar a insulina?"</div><div><p style="text-align: justify;">Silêncio, solidão, silêncio, solidão, silêncio, solidão.</p></div><div style="text-align: justify;">Não tinha tapa na cara, mas doía como facada no peito quando o beijo que eu mandava em meio à amamentação foi retribuído com um incompreensível sinal de joinha. "Que porra eu fiz para este caralho?"</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não tinha soco, mas tinha a punição de não me cumprimentar propositalmente em meu aniversário no dia que eu internava para trazer ao mundo o fruto da minha esperança. </div><div style="text-align: justify;">Não tinha rasteira, mas tinha silêncio, solidão, tortura psicológica.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não era um texto meu que você queria? </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Aproveite o silêncio da sua real solidão para ler quantas vezes quiser, enquanto desfruto do barulho de uma família que agora é cheia de poesia e música.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Todo seu.</div><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p>Cris Paulinohttp://www.blogger.com/profile/04799482943160538848noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8912371161964909385.post-55868932734418681992022-10-11T16:50:00.007-03:002022-10-11T16:59:20.364-03:00Eu ainda não terminei de viver<p style="text-align: justify;"> "Deus, eu ainda não terminei de viver!"</p><p style="text-align: justify;">Foi exatamente este pensamento que eu tive quando a morte tentou me levar naquela sexta-feira 13 do mês de outubro de 2017. Em frações de segundos, enquanto caía de 10 metros, eu projetei o que eu ainda queria viver e que ali não era o momento terminar tudo. </p><p style="text-align: justify;">Não era justo. Poderia ter saído mais pensamentos como: "Eu padeci até aqui. Agora que eu tenho chance de poder experimentar talvez ser esposa e mãe, vai me tirar assim, de forma tão estúpida? Então é assim, a gente planeja e é você, Deus, quem decide que não vou terminar de ler o meu livro e dar comida para o meu gato?"</p><p style="text-align: justify;">Venho do futuro, quase 5 anos depois, para dizer que Deus realmente queria que eu fosse mãe e tirasse essas cascas de tangerina que Caetano enfiou dentro da minha meia, que só fui perceber na hora de ir para o Pilates. Obrigada, Deus! Vou lá trocar de meia.</p><p style="text-align: justify;">Essa experiência maluca de ser mãe, hoje solo, talvez sempre solo, é o clichê de toda mãe que trabalha em casa e está vivendo a docilidade de um limão da semana do saco cheio enquanto projeta umas das melhores campanhas de sua carreira.</p><p style="text-align: justify;">Está tudo bem, eu poderia nem precisar colocar a meia para ir para o Pilates, se na queda eu tivesse fraturado mais profunda a medula ou se eu não fizesse a cirurgia a tempo depois de 3 dias e 11 horas de viagem de ambulância.</p><p style="text-align: justify;">Estou aqui no futuro para acalmar aquela alma congelada que esperou por 1 hora e 40 minutos o resgate cinematográfico no meio do mato em 2017, que a temperatura vai voltar ao normal, que você não vai perder os movimentos, mas que todo o frio da vida vai sentir fortes dores devido as próteses que precisou colocar na coluna, e que 3 vezes na semana você fazer a mesma piada com a professora de Pilates: "é bom fazer exercício deitada".</p><p style="text-align: justify;">O meu futuro chegou e estou no carro com Caetano brigando com ele porque não aguento mais ouvir "Meu limão, meu limoeiro" de Wilson Simonal, e me rebaixo para 2 anos e 7 meses e digo que é a minha vez de escolher a música, enquanto cumprimos a divertida missão dos passeios aos sábados.</p><p style="text-align: justify;">Obrigada, Deus, por me permitir continuar a viver e ficar aqui remoendo o amargo do prestador de serviço que não gosta de ser cobrado e joga na minha cara, aproveitando da minha fragilidade, que se eu não tiver satisfeita, para procurar outra pessoa.</p><p style="text-align: justify;">E assim, vivendo e sobrevivendo, termino sem interrupções do telefone, do Caê que dorme profundamente depois de 40 minutos de gritos porque não queria dormir.</p><p style="text-align: justify;">Ser mãe é foda demais, de tão bom!</p><p style="text-align: justify;"><br /></p>Cris Paulinohttp://www.blogger.com/profile/04799482943160538848noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8912371161964909385.post-73104116294845079442022-10-06T11:06:00.005-03:002022-10-06T12:07:40.626-03:00Um título clichê de volta Parece uma volta, mas não é. Eu vou fingir aqui que vou pegar firme no texto, mas meu diagnóstico em TDAH vai pregar mais uma peça em todos nós, eu não vou voltar certinho semanalmente, mas aqui estou eu depois de arquivar vários textos nos últimos anos por medo ou vergonha do pensamento alheio.
Desde o último texto, eu já fui do céu ao inferno 15 vezes. Se fosse para descrever sobre os últimos acontecimentos, eu precisaria de ajuda dos autores mais populares das novelas brasileiras. Daria uma trama de Glória Perez, com coisas absurdas que qualquer um diria que jamais aconteceria na vida real, com pausas em botecos tradicionais para dar um alívio cômico; Teria um pouco de enredo do Benedito Ruy Barbosa, que vai colocar um cenário bem interiorano de coisas conservadoras que tive que enfrentar; Na fase escrita por Gilberto Braga, cá estou eu enfrentando Odetes Roitmans com deboches da elite falsa moralista que encontrei por aí; Mas com certeza eu seria descrita como a vilã de João Emanuel Carneiro que tem o bem e o mal por dentro entrelaçado com paradoxo moral, vista por muitos uma anti heroína, principalmente na fase loira - ah, o autor adora vilãs loiras.
Mas a vida não é novela, a gente não pode definir o final a cada 220 capítulos. A gente não sabe nem quando pode ser o final de cada trama. Tive uma trama de 5 anos, que só por Deus, como eu gostaria de deletar dos arquivos de memória e não passar em nenhuma tela mais. Mas aí eu teria que apagar Caetano que chegou pouco mais de 2 anos e meio. Impossível apagar.
Talvez eu consiga fazer uma edição aqui, acolá e pronto. Nada como um blur na cara de desafetos. Assim, quando passar no Vale a Pena Ver de Novo, eu não preciso focar em rosto de pessoas que são narcisistas e que deixaram minha cozinha cheirando laranja podre caída no canto do armário há 3 meses. Estarei pronta para as cenas do Caetano sorrindo, andando, comendo e apaixonado por música e livros como a mamãe.
Ah, também teve os dias que fui evoluindo para uma alta hospitalar depois de 5 meses e 3 semanas internada após um acidente que sofri em 2017. Mas essa história eu prefiro nem lembrar mais. Tem muito peso e cheiro de enxofre.
Volta para 2022, eu na mesinha azul retrô, bem pequeninha, onde o meu notebook divide espaço apertado com alguns livros, antenas de TV, emaranhados de fios e o cartão de vacina do meu filho. É aqui ao som de muitos pássaros e maritaca, que volto para trazer diversos escritos sem ao menos saber se serão rotineiros ou se foi somente hoje que bateu uma inspiração muito forte porque estou me sentindo muito livre para me apaixonar toda semana, como nos velhos tempos. Quem lembra?
<div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhN6SBiDlxaKi_yrGiCLj1xjDCMWczZsMXk4rXGYizZ-9ZaSo7KAQRq-FWtp36NKKMMprxXN5aGlC8MTfO3kNoNLwwXXD0hse9hWLi-pg0ilqi-8qE3SVz1XKtHBtGols0r7X6KkMFtg7EeK6CvAT0n87rulFTnEwccsfXIkui9tuyrN1smsJzOC9nC/s1600/WhatsApp%20Image%202022-10-06%20at%2011.06.02.jpeg" style="display: block; padding: 1em 0; text-align: center; "><img alt="" border="0" height="320" data-original-height="1600" data-original-width="738" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhN6SBiDlxaKi_yrGiCLj1xjDCMWczZsMXk4rXGYizZ-9ZaSo7KAQRq-FWtp36NKKMMprxXN5aGlC8MTfO3kNoNLwwXXD0hse9hWLi-pg0ilqi-8qE3SVz1XKtHBtGols0r7X6KkMFtg7EeK6CvAT0n87rulFTnEwccsfXIkui9tuyrN1smsJzOC9nC/s320/WhatsApp%20Image%202022-10-06%20at%2011.06.02.jpeg"/></a></div>Cris Paulinohttp://www.blogger.com/profile/04799482943160538848noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8912371161964909385.post-45128371380863592852016-02-23T22:34:00.001-03:002016-02-23T22:40:31.625-03:00A morte aos 27 anos<div class="" data-block="true" data-offset-key="12fim-0-0" style="background-color: white;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="12fim-0-0" style="direction: ltr; position: relative; text-align: justify;">
<span style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="font-size: 14px; line-height: 18px; white-space: pre-wrap;">Foram 15 músicos que morreram com 27 anos no auge do sucesso e da vida. Entre eles: Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison, Amy Winehouse e Kurt Cobain.
Tá, não sou nenhuma musicista fodástica e nem sou famosa. Arranho no violão e tento não desafinar quando canto.
Mas estou terminando o meu ciclo de 27 anos. Se isso me assustou? Um pouco. Dá pra ficar comovida com as "coincidências" dessas mortes na idade.
Ainda não fiz 28, mas digamos que sim, sou uma sobrevivente dos 27.
Eu morri. Neste ano eu soube o que era morrer aos 27 anos.
Morri. Descobri que a morte em vida dói e vou contra ao que o Cazuza disse que "morrer não dói". Dói demais quando a gente quer viver.
Não estou dramatizando e nem exagerando. É possível morrer e voltar [se a gente quiser voltar, claro]. Morri quando eu perdi o que não queria perder. Ainda mais de modo tão injusto como foi.
Morri porque me senti fracassada, sem rumo, desolada e com tanto sentimento de injustiça.
Morri porque alimentei em mim sentimentos ruins. Sentimentos que não fazem ser o que sou de verdade, mas que me mataram por algum tempo.
Hoje eu sei o que é a morte dos 27 anos. Mas também sei o gosto de renascer com [quase] 28.
Aprendi que é preciso verbalizar os sentimentos. Dar nome ao que está sentindo e mostrar quem é que domina a situação.
Pedi para Deus me abençoar através das águas da natureza. Pedi minha ressurreição através da sua criação.
Não posso me render à morte em vida. Vou fazer 28 e quero estar mais viva do que nunca para poder colocar meus planos em ação. Quero estar viva para recuperar os bons sentimentos e distribuir amor e paciência por onde eu passo.
Preciso estar viva e o mais importante, eu quero estar viva!
</span></span>
</div>
</div>
Cris Paulinohttp://www.blogger.com/profile/04799482943160538848noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8912371161964909385.post-53063315153061746052015-08-21T08:58:00.002-03:002015-08-21T09:08:04.819-03:00Ser cativado ou criar expectativa? De quem é a culpa, afinal?<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Muitos defendem a frase famosa do livro do Pequeno Príncipe <b>"Você é responsável por aquilo que cativas"</b>. Por outro lado, há quem defenda que você é responsável pela expectativas que cria em relação à outra pessoa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Concordo com os dois pontos de vista porque tudo depende do contexto e da experiência de vida. Somos cativados, muitas vezes, por pessoas que se tornam presentes em nossas vidas e que, em meio à correria e frieza deste mundão, conseguem nos dar um pouco daquela atenção que nos conforta. De repente tudo muda, a pessoa se afasta e some. Vem a frustração.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por outro lado, não somos presos à indivíduos e temos que ser livres e felizes por nós mesmos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Existem inúmeras pessoas que cativam sabendo que a outra pessoa, digamos assim, vai se apegar. E mesmo sabendo que não vai corresponder à altura, continuam cativando. Sabe por que? Pra massagear o ego. (Já escrevi sobre isso <a href="http://bit.ly/1TXB4re" target="_blank">aqui</a>).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A experiência e a maturidade nos ensinam muitas coisas. Neste caso, podemos observar:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A) Sabemos quando a pessoa está nos olhando diferente e está dando atenção de maneira especial, com isso notamos quando ela faz questão de se fazer presente. Aí eu pergunto, você percebendo tudo isso e na certeza que não vai corresponder, você corta laços ou dá mais corda?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
B) Quando estamos na luta para cativar outra pessoa, quando não cegos, percebemos que essa pessoa não olha em nossos olhos como gostaríamos, não vem atrás da gente quando estamos esperando uma iniciativa, não corresponde à altura todo nosso esforço para cativar mais e mais. Aí eu pergunto, você percebendo essa frieza e distância, vai continuar investindo ou vai partir para outra?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O poeta Augusto Branco disse que "A maior covardia de um homem é despertar o amor de uma mulher sem a intenção de amá-la." Duro nestas palavras (que já foram atribuídas erroneamente à Bob Marley), o poeta esquece que há quem desperte o amor sem intenção de despertar mesmo, é como "deixar a vida me levar". Por causa de que? Da imaturidade e a falta de consideração de se colocar no lugar do outro. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Volto neste ponto porque no fim, as duas pessoas: as que cativam sem intenção de amar, e as que criam expectativas, não passaram pela dura experiência da vida que ensina, muitas vezes, na dor e na perda.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não sejamos duros com quem ainda não sentiu o mesmo amargor que nós e que cria sim expectativa, baseando na atenção dada propositalmente (ou não). Nem todo mundo atingiu a maturidade espiritual da liberdade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas confesso que sinto falta da minha inexperiência que me fazia acreditar mais nas pessoas, época que eu me deixava ser cativada e me jogava até o fim, até quebrar a cara. Acreditava que todos eram bons até que provassem o contrário.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje o caminho é mais pesado. Necessitamos o tempo todo que a pessoa prove que é boa o suficiente para viver em nossa liberdade.</div>
Cris Paulinohttp://www.blogger.com/profile/04799482943160538848noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8912371161964909385.post-63631573208983835292015-03-31T21:58:00.002-03:002015-03-31T21:59:55.912-03:00Novos Fragmentos<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;">O nosso maior erro é perder tempo com o que suga nossa alma. </span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;">O que vale na vida é a leveza que sentimos em nosso interior, que estampa em nosso rosto frestas sorridentes em nossos lábios.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;">=============</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px; text-align: left;">Quando magoar alguém que gosta, jamais deixe essa pessoa dormir sem que a mágoa seja desfeita.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px; text-align: left;">Uma noite mal dormida é o suficiente para a mágoa enraizar.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px; text-align: left;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px; text-align: left;">=============</span><br />
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px; text-align: left;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: start;">
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;">Não curto o cara que fala assim: "não quero te atrapalhar."</span></div>
<div>
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;">Sabe por que? Porque eu quero que me atrapalhe sim. Que me deixe confusa, que bagunça tudo e ainda vai embora sem fechar a porta. É disso que gosto.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;">=============</span><br />
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;">amor forçado é um estupro contra a alma.</span></div>
</div>
Cris Paulinohttp://www.blogger.com/profile/04799482943160538848noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8912371161964909385.post-59978516867559898072015-03-31T21:55:00.002-03:002015-03-31T21:55:36.430-03:00Minha Janela<div style="text-align: justify;">
Será que se eu olhar o mundo através da janela do meu quarto, eu consigo visualizar um mundo mais justo?</div>
<div style="text-align: justify;">
Será que eu teria mais paz se eu me colocar de exemplo em minhas duras batalhas e mandar a geral buscar seus sonhos como eu busquei? Gritar: "foda-se os direitos humanos!" ou "Viva a Meritocracia!" Ser egoísta e dizer aos quatro cantos: "se eu consegui, qualquer miserável consegue." Melhora o mundo?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em meu quarto eu sei que escreve uma pessoa que teve mais oportunidade em suas lutas. Mas aqui não dorme uma pessoa tranquila.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ver o mundo daqui é muito cômodo e feliz. A vista é ótima daqui. Mas enquanto eu não pular a janela e espalhar boas esperanças em quartos gelados, eu não sossego.</div>
Cris Paulinohttp://www.blogger.com/profile/04799482943160538848noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8912371161964909385.post-37176812257539824462015-03-31T21:51:00.000-03:002022-07-03T21:15:53.225-03:00Meu único amor e a banda Metallica<div style="text-align: justify;">
Eu tinha 13 anos quando eu comecei escrever. Era em um caderno brochura. Era desamor.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ele já tinha 19 anos e apaixonei pela sua voz que saía na caixa de som de uma rádio comunitária. </div>
<div style="text-align: justify;">
O conheci pessoalmente. Ele tinha um abraço macio, carregava ternura no olhar e a certeza que não podia me pertencer.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Me contentava em só vê-lo e derramar os lamentos escritos em versos. </div>
<div style="text-align: justify;">
8 de abril de dois mil e um (beijo). O céu chegara mais perto.</div>
<div style="text-align: justify;">
A banda preferida dele era Metallica e automaticamente passou a ser a minha também. </div>
<div style="text-align: justify;">
Não tinha telefone. Não sabia onde morava. Mas esperaria a vida inteira por ele, se não demorasse.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
7 meses se passaram depois do nosso primeiro encontro no evento de rock "Metal Rebelion". Eu sabia que ele estaria lá no arena rock. Sim. Ele estava. O último beijo. E a certeza que jamais ficaríamos juntos. </div>
<div style="text-align: justify;">
Nunca mais o vi. Fiquei muitos anos sem ir a um evento de rock. Mudei de rumo. O tempo passou. Mas ele nunca morreu. Ele está eternizado em meus primeiros escritos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
13 de Março de 2015, dirigindo pela avenida movimentada, Metallica rolando bem alto no carro e parado no ponto de ônibus, ele, meio grisalho, cabelos longos e enrolados. A camisa de cor preta. </div>
<div style="text-align: justify;">
Não me contentei com a surpresa e a coincidência da música. Dei um grito: É ELE! </div>
<div style="text-align: justify;">
Se eu voltei? Não. A vida segue como fluxo da avenida em horário de pico. </div>
<div style="text-align: justify;">
Sexta-feira treze, eu vi um gato de preto, parecia azar, mas era amor.</div>
Cris Paulinohttp://www.blogger.com/profile/04799482943160538848noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8912371161964909385.post-88525619605942467632014-10-31T14:28:00.002-02:002014-10-31T14:28:43.955-02:00Em poesia<div style="text-align: justify;">
Ele chega com olhar baixo</div>
<div style="text-align: justify;">
Mesmo tímido, o sorriso é largo</div>
<div style="text-align: justify;">
Cabelos negros</div>
<div style="text-align: justify;">
e todo enrolado</div>
<div style="text-align: justify;">
(não só os cabelos)</div>
<div style="text-align: justify;">
O seu humor muda de lado</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Penso que às vezes dança</div>
<div style="text-align: justify;">
quando anda</div>
<div style="text-align: justify;">
Quando para</div>
<div style="text-align: justify;">
coloca as mãos no bolso</div>
<div style="text-align: justify;">
Quando ouço</div>
<div style="text-align: justify;">
o exército me protege</div>
<div style="text-align: justify;">
meu coração junto dele</div>
<div style="text-align: justify;">
enobrece</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pequenos detalhes</div>
<div style="text-align: justify;">
em mais de um metro e oitenta</div>
<div style="text-align: justify;">
não há coração que aguenta</div>
<div style="text-align: justify;">
Quando faz-se menino e chora</div>
<div style="text-align: justify;">
e deita em meu colo</div>
<div style="text-align: justify;">
e não vai embora</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Enquanto dorme e abre a boca</div>
<div style="text-align: justify;">
Eu sorrio e me sinto boba</div>
<div style="text-align: justify;">
Ele acorda, meio torto levanta</div>
<div style="text-align: justify;">
Sorri de lado</div>
<div style="text-align: justify;">
meu amado</div>
<div style="text-align: justify;">
Observo cada passo calada</div>
<div style="text-align: justify;">
E ele é poesia que não se acaba...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Cris Paulinohttp://www.blogger.com/profile/04799482943160538848noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8912371161964909385.post-49516262485983552032014-10-30T11:28:00.003-02:002023-05-28T19:57:50.505-03:00Caiu<br />
<div style="text-align: justify;">
<span face="Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #141823; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">Caiu</span></div>
<span face="Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #141823; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.32px;">o conceito,</span></div>
</span><span face="Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #141823; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.32px;">Caiu</span></div>
</span><span face="Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #141823; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.32px;">no esquecimento.</span></div>
</span><span face="Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #141823; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.32px;">É a lei da gravidade,</span></div>
</span><span face="Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #141823; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.32px;">que de tão grave,</span><span style="line-height: 19.32px;"> </span></div>
</span><span face="Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #141823; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.32px;">a idade vira armadura</span></div>
</span><span face="Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #141823; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.32px;">e descobre que</span></div>
</span><span face="Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #141823; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.32px;">se amar dura mais</span></div>
</span><span face="Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #141823; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.32px;">que amargura</span></div>
</span>Cris Paulinohttp://www.blogger.com/profile/04799482943160538848noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8912371161964909385.post-12895252574710684192014-10-15T14:09:00.000-03:002014-10-15T14:09:51.561-03:00Sorrir<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;">Sorrir é leve e deixa a vida da gente mais saborosa. </span></div>
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.3199996948242px;">O sorriso é o agradecimento da alma. É mostrar, sem falar nada, que o coração está em paz.</span></div>
</span>Cris Paulinohttp://www.blogger.com/profile/04799482943160538848noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8912371161964909385.post-17445361428839412962014-10-15T14:06:00.001-03:002014-10-15T14:06:33.340-03:00O que cabe no abraço<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #141823; line-height: 18px;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Cabe tanta coisa em um abraço.</span></span></div>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: white; color: #141823; line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
Carinho, conforto, ternura e perdão.</div>
</span><span style="background-color: white; color: #141823; line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
Em um abraço a gente se aconchega, se encaixa como quem quer ali morar.</div>
</span><span style="background-color: white; color: #141823; line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
Cabe repousar.</div>
</span><span style="background-color: white; color: #141823; line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
Abraçar é misturar os cheiros, é respirar fundo, como quem quer mergulhar na alma.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaTi7fEtODMRahnYAB-txvzu20HOyhZdZtnDnoIcJasUzjKQPV4MVfbrf1fLuxpkzjpmmw5gn3jyd6V0KpLpC__9O8IynIZimTAGr0KlUH6WAvCxjgHL_vHoNtPsUnhL3_BuUjMSS7MjE/s1600/10635822_392833360866723_6674075416702899126_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaTi7fEtODMRahnYAB-txvzu20HOyhZdZtnDnoIcJasUzjKQPV4MVfbrf1fLuxpkzjpmmw5gn3jyd6V0KpLpC__9O8IynIZimTAGr0KlUH6WAvCxjgHL_vHoNtPsUnhL3_BuUjMSS7MjE/s1600/10635822_392833360866723_6674075416702899126_n.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</span></span>Cris Paulinohttp://www.blogger.com/profile/04799482943160538848noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8912371161964909385.post-5872868432339003232014-10-15T14:04:00.000-03:002014-10-15T14:07:41.851-03:00No passado morou gente feliz<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px; margin-bottom: 6px;">
<div style="text-align: justify;">
Revirando fotos guardadas em CD-R, encontrei saudade.</div>
<div style="text-align: justify;">
Muitas vezes queremos fugir do passado, mas esquecemos que lá já morou gente feliz.</div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px; margin-top: 6px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.3199996948242px;">E hoje fica a certeza: quanto menos experiência, mais fácil ser feliz.</span></div>
Cris Paulinohttp://www.blogger.com/profile/04799482943160538848noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8912371161964909385.post-82719855232542283322014-10-15T14:02:00.000-03:002014-10-15T14:02:48.111-03:00Me enxerga <div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;">Gente que nos enxerga de dentro pra fora é tão rara, que quando eu encontro, peço para Deus em voz baixinha: "deixe que fique mais um pouquinho em minha vida, por favor!"</span></div>
Cris Paulinohttp://www.blogger.com/profile/04799482943160538848noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8912371161964909385.post-27968530139345977712014-10-15T14:01:00.001-03:002014-10-15T14:07:31.287-03:00Quem escreve, também descreve sentimentos<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px; margin-bottom: 6px;">
<div style="text-align: justify;">
Quem escreve, descreve sentimentos, inventa amores e reinventa momentos. Escrever também é presentear e tornar pessoas eternas nas palavras, que muitas vezes, não são ditas.</div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
Quem escreve para alguém, nunca se arrepende, mas aprende que para ser eterno em seus escritos, tem que valer a pena, tem que fazer mais sorrir do que amargar.</div>
Cris Paulinohttp://www.blogger.com/profile/04799482943160538848noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8912371161964909385.post-54387371752783807252014-10-15T13:54:00.001-03:002014-10-15T13:55:45.201-03:00A criança que nos falta<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;">Eu quero ter um coração de criança. Amar como criança, acreditar como criança e ter aquele medo de criança. Medo apenas do imaginário, sem saber que o que realmente faz mal para as pessoas são os adultos. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;">Que eu possa ser aquela criança que cresceu por engano.</span><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;"> </span></div>
Cris Paulinohttp://www.blogger.com/profile/04799482943160538848noreply@blogger.com0